Erva-de-santa-luzia (Euphorbia hirta): características e benefícios

Erva Euphorbia hirta na fenda da calçada


Família - Euphorbiaceae Juss.
Gênero - Euphorbia L.
Nome científico - Euphorbia hirta L.
Origem - Nativa do Brasil



A espécie Euphorbia hirta é uma planta originária da América tropical e subtropical, portanto ela se distribui de forma nativa por vários países americanos, entre eles o Brasil, onde a planta ocorre por todas as suas regiões e é conhecida vulgarmente como erva-de-santa-luzia, erva-andorinha ou eufórbia


Essa erva é encontrada vegetando como uma planta ruderal em pastagens, beiras de ruas, terrenos baldios e muitas vezes em brechas de pátios pavimentados ou nas calçadas, demonstrando ser uma planta rústica, tolerante ao sol pleno e baixa fertilidade do solo.



Características da erva-de-santa-luzia


erva-de-santa-luzia com cachos verdes e avermelhados de minúsculas flores junto as folhas
Inflorescência da erva-de-santa-luzia

Planta herbácea encontrada medindo entre 15 cm a 40 cm de altura; possui múltiplos caules avermelhados, eretos ou semieretos, não flexíveis (hirtos), pilosos, não ramificados ou pouco, possuem látex branco e leitoso.


As folhas são simples, curto pecioladas, verdes podendo apresentar sutis manchas avermelhadas, a face de baixo tem tonalidade mais clara, elas são de formato ovalado, ficam arranjadas de forma oposta, possuem margem serreada, consistência membranácea e possuem pilosidade em ambas as faces. As nervuras das folhas também possuem látex branco leitoso e que surge quando a folha é cortada.


A inflorescência é denominada de ciátio, um tipo de glomérulo, possui dois eixos laterais e opostos onde estão reunidas minúsculas flores.



Benefícios


Aspecto geral da erva-de-santa-luzia com seus múltiplos caules com 15 cm de altura
Planta comum em brechas de calçamentos

A erva-de-santa-luzia (Euphorbia hirta) tem o benefício de ser empregada como uma planta medicinal devido as suas propriedades terapêuticas. Em registros etnobotânicos constam usos dessa planta para auxiliar no tratamento de asma, bronquite e outros problemas respiratórios, febre, dengue, malária, furúnculos, feridas, aftas, sarna, sarampo, verrugas, vermes intestinais, cálculos renais, contra dores diversas, para aumentar o leite materno (África), entre outros.



Entre as atividades comprovadas por estudos laboratoriais in vitro e in vivo com os extratos de partes da planta, destacam-se as atividades:



  • antioxidante;
  • anti-inflamatória;
  • antibacteriana e antifúngica;
  • antiviral contra HIV, herpes e dengue;
  • antimalárica;
  • antialérgica;
  • antiespasmódica;
  • analgésica;
  • sedativa e ansiolítica;
  • antidepressiva;
  • antidiabética;
  • diurética;
  • lactogênica; e
  • antifertilidade (pode provocar infertilidade em usos contínuos).



Toxicidade


Alguns estudos foram realizados afim de avaliar a toxicidade da erva-de-santa-luzia (Euphorbia hirta). Entre eles: um estudo realizado na Malásia (2012), nesse estudo os pesquisadores fizeram testes de toxicidade oral aguda em ratos com extratos de partes separadas da planta e identificaram valores tóxicos em suas raízes e flores, enquanto o extrato das folhas demonstrou ser seguro para consumo.


Outro estudo, realizado na universidade de Ouaga, na África, em 2018, com extratos da planta inteira moída, revelou que o extrato aquoso é praticamente atóxico e, segundo os cientistas, seguro para uso via oral.



Obs: A página nossafloranossomeio não orienta quanto ao uso de plantas para fins medicinais, a publicação tem caráter meramente informativo, visando a identificação da planta e suas propriedades confirmadas cientificamente.



Assista ao vídeo sobre a erva-de-santa-luzia:




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