Emilia fosbergii (algodão-de-preá, falsa-serralha, serralhinha-vermelha)

Capítulos campanulados de flores vermelhas

Família - Asteraceae Bercht. & J. Presl

Gênero - Emilia (Cass.) Cass

Nome científico - Emilia fosbergii Nicolson

A espécie Emilia fosbergii é chamada popularmente no Brasil de falsa-serralha, serralinha-vermelha, pincel-de-estudante, bela-emília e algodão-de-preá. Já em outros países é conhecida como lechuguilla roja (México), hierba socialista, clavelillo (Colômbia), Florida tasselflower e cupid's shaving brush (EUA).

Segundo o Royal Botanic Gardens essa espécie é nativa de partes da América Tropical e Subtropical, e ainda segundo Moraes & Guerra há evidências que ela seja descendente da espécie Emilia sonchifolia.

A serralhinha-vermelha ocorre com mais frequência como uma planta ruderal, em beiras de ruas, terrenos baldios, jardins, em áreas de cultivo agrícola; e ainda em ambientes selvagens.

Existem alguns relatos de uso popular da falsa-serralha (Emilia fosbergii) como planta alimentícia e medicinal, porém até o momento dessa publicação poucos estudos foram realizados com essa espécie afim de averiguar as suas propriedades. Em um estudo realizado por Peisino (2018) foi constatado as atividades antioxidante e anti-inflamatória, mas o que desperta mais atenção é o fato da planta possuir alcaloides pirrolizidínicos que, quando isolados, causam efeitos tóxicos em organismos.

Muitas vezes essa espécie é confundida com a espécie Emila sonchifolia devido as muitas semelhanças que possuem. No entanto, Emilia fosbergii possui flores vermelhas e que excedem o invólucro na antese, enquanto Emila sonchifolia possui capítulos mais estreitos, com flores rosadas a lilás e que  excedem menos o invólucro.

Características

Na parte superior uma folha do ápice. Na parte inferior folhas da região basal e mediana do caule.

Hábito — erva anual de até 1 metro de altura.

Caule — possui caule verde, ereto, cilíndrico, glabro ou piloso.

Folhas — as folhas são alternas, denteadas e membranáceas, ambas as faces do limbo podem ser glabras ou ter pilosidade ereta e esparsada (em maior quantidade na base e nervura principal); as folhas basais são pseudo-pecioladas, de formato ovado; as folhas medianas e apicais são lanceoladas, sésseis, com base decurrente e amplexicaule (que envolve o caule).

Inflorescência — a inflorescência ocorre em corimbo terminal disposto em longa haste e que possui capítulos campanulados.

Flores — as flores são bissexuais, possuem corola vermelha e tubulosa, os pistilos e estames são alaranjados.

Frutos — os frutos são cipselas com papus de cerdas capilares brancas e que se dispersam pelo vento.

Flores vermelhas excedem o invólucro em 3 a 4 mm. Invólucro com uma única série de brácteas.