Erva-cidreira-brasileira (Lippia alba)

Ramo de erva-cidreira (Lippia alba) com flor


Lippia alba


Família: Verbenaceae J. St. -Hil
Gênero - Lippia L.
Nomes populares: cidreira, erva-cidreira, erva-cidreira-brasileira, cidreira-brava, cidreira-carmelitana, chá-de-tabuleiro, salva-brava, sálvia-da-gripe, falsa-melissa, quita dolor (Cuba), juanilama (Costa Rica), pronto alivio (Colômbia), pampa orégano (Peru), salvia morada (Argentina), entre outros.




A planta de nome científico Lippia alba é conhecida vulgarmente no Brasil como erva-cidreira e outros nomes, porém, erva-cidreira é um nome popular referente a mais duas plantas, que são a espécie Melissa officinalis, conhecida como melissa ou erva-cidreira-verdadeira, e a espécie Cymbopogon citratus, mais conhecida como capim-limão e capim-cidreira.


A espécie Lippia alba é nativa do Brasil, além de outros países distribuídos pela América Tropical e Subtropical. Entre as suas características estão:


Hábito — arbusto perene e aromático de até um metro e meio de altura, possui longos ramos que ficam arqueados.
Folhas — as folhas são opostas, com textura cartácea, bordas serradas, ápice agudo e pilosa na face superior.
Inflorescência — a inflorescência ocorre em capítulos solitários nas axilas foliares, podendo apresentar-se aos pares em cada nó.
Flores — as flores são pequeninas, tubulares, bilabiadas e com quatro pétalas unidas, sendo uma alongada e mais evidente que as demais, possuem tonalidade lilás com fundo amarelo, são hermafroditas e o florescimento ocorre o ano todo.


Ramo da erva cidreira brasileira com flores lilás aos pares
Ramo com capítulos florais que contêm minúsculas flores

Benefícios:


A erva-cidreira-brasileira tem o benefício de servir como planta medicinal, as suas folhas são amplamente utilizadas na medicina popular e em produtos fitoterápicos. Com elas são feitos chás, banhos, compressas, inalações e xaropes para o tratamento de febre, gripe, resfriado, insônia, nervosismo, hipertensão, diabetes, cólicas, dores, gastrite, reumatismo, problemas digestivos, problemas de pele, diarreia, hemorroidas, entre outros usos.


Esses usos são conhecimentos empíricos que passam por gerações, muitas vezes essas indicações de usos populares acabam por despertar o interesse no meio científico afim de comprovar os fitoquímicos que a planta possui e que podem ser utilizados em novos medicamentos, cosméticos e produtos alimentícios. 


Vários estudos identificaram que a espécie Lippia alba possui óleos essenciais com constituintes majoritários que podem ser desiguais entre plantas devido a variados fatores, como condições ambientais e região em que a planta vegeta, e a própria genética da planta. Isso pode ocasionar variações tanto no aroma como em alguns princípios ativos entre algumas plantas dessa espécie, ou seja um espécime de Lippia alba pode ser mais eficaz em uma determinada propriedade terapêutica do que outra, e vice-versa.



Entre as propriedades encontradas no óleo essencial da espécie Lippia alba estão:


  • analgésica;
  • sedativa;
  • anti-hipertensiva;
  • hipoglicemiante (diminui a glicose);
  • hipocolesterolemiante (diminui o colesterol);
  • antioxidante;
  • anti-inflamatória;
  • antiúlcera;
  • hepatoprotetora;
  • genoprotetora (impede mutações genéticas);
  • antiespasmódica;
  • antitumoral (frente a diversas linhagens de câncer humano);
  • antisséptica;
  • antipirética;
  • inseticida;
  • antiparasitária;
  • antimicrobiana (frente a variados fungos e bactérias); e
  • antiviral (frente a herpes simples, zika e dengue).



Quanto a toxicidade, estudos realizados tanto com as folhas in natura quanto com o óleo essencial não causaram efeitos tóxicos nos animais testados, mas apenas nos casos de superdosagem. Já as contraindicações, segundo o Formulário de Fitoterápicos da Anvisa, a espécie Lippia alba não deve ser consumida por grávidas e lactantes, e ainda com cautela por quem tem pressão baixa.



Como fazer mudas de erva-cidreira:



Tendo em vista que a propagação por sementes é mais demorada, utiliza-se mais a propagação vegetativa através de partes semilenhosas dos ramos medianos. As estacas devem ser de 15 a 20 cm e deixadas com apenas duas folhas. Elas podem ser colocadas em um recipiente com água para o enraizamento ou enfincadas diretamente em um recipiente com substrato, mas devem ser regadas diariamente até que apresentem completo desenvolvimento.



Assista ao vídeo sobre a cidreira Lippia alba



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