Alface-d'água (Pistia stratiotes): planta que filtra água

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Nome científico  - Pistia stratiotes L.
Gênero - Pistia L.
Família - Aracaceae Juss.
Origem - nativa, não endêmica
Nomes populares - Alface-d'água, repolho-d'água e erva-de-santa-luzia



A alface-d'água é uma planta aquática nativa do Brasil amplamente distribuída pelas regiões tropicais do mundo. Além de vegetar em ambientes naturais, também é utilizada no paisagismo como planta ornamental para lagos e aquários.

A planta habita ambientes aquáticos de águas paradas ou com pouca correnteza flutuando ou até mesmo enraizada na lama em situação de pouca água.


Características da alface-d'água:

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Alface d'água com minúscula flor branca no centro

Planta herbácea aquática flutuante de água doce, possui raízes fasciculadas que ficam dispostas verticalmente dentro d'água e estabilizando toda a planta; o caule é do tipo estolão; as folhas são carnosas, aveludadas e na forma de roseta com cor verde-azulada na face superior; possui flores minúsculas e unissexuais; já os frutos medem cerca de 1 cm de comprimento que após a maturação liberam as sementes.

A planta desenvolve-se melhor a sol pleno e em temperaturas elevadas. Multiplica-se por estolões e sementes.


Benefícios da alface-d'água:


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Alface-d'água em ambiente não poluído possui tamanho reduzido

Dentre os benefícios, a alface-d'água promove refúgio, abrigo para desova e alimento para a fauna aquática, como os peixes e macroinvertebrados.

Ela também possui alto potencial em filtrar água, atuando como agente fitorremediador em corpos hídricos poluídos, pois absorve metais pesados e excesso de nutrientes, muitas vezes provenientes de esgotos e fertilizantes utilizados na agricultura.

Essa herbácea atua como bioindicadora de qualidade da água, devido ao seu crescimento desenfreado estar relacionado com a poluição de ambientes aquáticos.


Uso popular:


Alface-d'água é usada na medicina popular contra diabetes, hemorroidas, asma, hérnias; sob a forma de emplastro, infusão, suco ou pó das folhas (VILELLA et al.)

E segundo Corrêa e outros. (2020), a planta Pistia stratiotes não apresenta toxicidade, sendo segura para consumo como PANC. No entanto, necessita de estudo em mamíferos para comprovar a segurança toxicológica e, para tal finalidade, deve ser observado se a planta está em um ambiente livre de poluição.


Impactos ambientais pela alface-d'água:


A alface-d'água pode agravar o desequilíbrio ecológico causado pela poluição na água. Pois nessas condições ambientais, a planta se prolifera rapidamente podendo cobrir toda a superfície da água, reduzindo a penetração de luz e interferindo na fotossíntese de plantas submersas, consequentemente reduzindo teores de oxigênio na água. Soma-se ainda o elevado número de plantas que morrem, tanto as submersas quanto a própria alface-d'água, e sofrem decomposição por bactérias que utilizam e também reduzem o oxigênio da água.

Outros problemas são referentes aos prejuízos em usos múltiplos dos recursos hídricos, como navegação, recreação, pesca, captação de água e geração de energia em barragens.


Controle da alface d'água:


A melhor forma de fazer o controle da alface-d'água é evitar que o ambiente aquático receba matéria orgânica em excesso e outros poluentes, o que não é possível em muitos corpos d'águas. Sendo assim, o recomendável é fazer o controle mecânico e/ou biológico, ou químico com supervisão técnica.

  • No controle mecânico, é feita a coleta das plantas e depositado em local apropriado, ou aproveita-se para fazer compostagem afim de utilizar como fertilizante.

  • No controle biológico, utilizam-se animais herbívoros como alguns peixes, mamíferos, insetos, etc.

  • No controle químico utiliza-se herbicida, que precisa ser feito com orientação técnica e licença ambiental, pois quando usado de maneira indiscriminada, contribui para a contaminação de corpos d'água, pondo em risco outros organismos que vivem nesses ambientes.

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